sábado, 12 de fevereiro de 2011

Obscuridão


Toda noite aquela voz
Vem do meu travesseiro
Algo me segura pelos pés
Meu coração bate mais rápido
O tempo parra
Minha alma grita
Nem eu mesmo a escuto
Sinto o mundo explodir
Tento correr
Mas vejo que não tenho pernas
Vejo que não estou numa cama
Estou no infinito
No oculto da mente
Assim como um copo de água no deserto
Seu pensamento pode ser infinito
Ou então nunca o ver
Passarei apenas mais um dia esperando pelo ontem
Se ele não vir
Voltarei para o passado de amanha
As cicatrizes vão mostrar seu ferimento de amanha
Seus ossos se encurtarão até ficar do tamanho da sua mente
O futuro está garantido apenas pelos fatos do passado
O sol brilha demais em um dia de chuva
Da mesma maneira que ele não brilha num dia de sol
Você faz planos e planos
Em quinze minutos de fama eles desaparecem
A incerteza corre lado a lado com a morte
Assim como a gravidade pucha tudo pra cima
O obscuro e inexplicavelmente explicável
Da mesma maneira que muitos tentam me entender
Não entenda
Apenas sinta




Nenhum comentário:

Postar um comentário